Indústria cultural e (semi)informação: mídias sociais e fake news nos entornos da política brasileira / Cultural industry and (semi) information: Social media and fake news in the Brazilian politics

Autores

  • Rochelly Rodrigues Holanda Psicóloga. Mestranda em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará. Bolsista FUNCAP.
  • Tadeu Lucas de Lavor Filho Psicólogo. Mestrando em Psicologia pela Universidade Federal do Ceará. Bolsista FUNCAP
  • Deborah Christina Antunes Psicóloga. Professora do Programa de Pós-graduação em Psicologia da Universidade Federal do Ceará, Departamento de Psicologia. Coordenadora do Grupo de Pesquisa Nexos/NE (CPNq) e bolsista produtividade da FUNCAP-CE (BPI/ 2018)

DOI:

https://doi.org/10.14295/idonline.v13i46.1885

Palavras-chave:

Fake news, Facebook, Indústria Cultural, semiformação

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo analisar a influência das fake news na conjuntura política brasileira, partindo da notícia de que o responsável por sites relacionados a notícias falsas teria recebido verba paga por um parlamentar brasileiro. Mediante análise da referida notícia, bem como das nuances que a relacionam com as páginas mais relevantes (no que diz respeito a política) no Facebook, são elaboradas discussões sobre a produção/manipulação da informação enquanto componente sistemático da Indústria Cultural, conceito abordado por Adorno e Horkheimer em sua Dialética do Esclarecimento. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ADORNO, T. W.; COHN, G. Sobre a música popular. In: COHN, Gabriel. Theodor W. Adorno. Sociologia. São Paulo: Ática, p.115-146, 1986.

_______________ A indústria Cultural. In: COHN, Gabriel. Theodor W. Adorno. Sociologia. São Paulo: Ática, p.92-99, 1986.

ADORNO, T. W. & HORKHEIMER, M. Dialética do Esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Zahar, 1985.

ADORNO, Theodor W. Teoria da semicultura. Educação e sociedade, v. 56, n. 10, p. 388-411, 1996.

ADORNO, Theodor W. Educação e emancipação. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.

BRAGA, R. M. C. A indústria das fake news e o discurso de ódio. In:PEREIRA, Rodolfo Viana (Org.). Direitos políticos, liberdade de expressão e discurso de ódio. Volume I. Belo Horizonte: IDDE, 2018. p. 203-220. ISBN 978-85-67134-05-5.

BEZERRA, A.; MILAN, S.; MALINI, F. Apresentação| Foreword. Liinc em Revista, v. 13, n. 2, 2017.

CASTELLS, M.; MAJER, R. V.; GERHARDT, K B. A sociedade em rede. Fundação Calouste Gulbenkian, 2002.

DE MENDONÇA J. T. Notícia e fake news: uma reflexão sobre dois aspectos do mesmo fenômeno da mutação, aplicada ao jornalismo contemporâneo. ÂNCORA - Revista Latino-americana de Jornalismo, v. 4, n. 2, 2018.

DUARTE, R. Esquematismo e semiformação. Educação & Sociedade, v. 24, n. 83, 2003.

FERRARI, P. Fake news, pós-verdade e o consumo de informações. XXVI Encontro Anual da Compós. Faculdade Cásper Líbero, São Paulo - SP, 06 a 09 de junho de 2017a.

______. No tempo das telas: como a presentificação alterou o consumo de informação. Razón y Palabra, v. 21, n. 97, 2017b.

FENTON, N.; FREEDMAN, D. Democracia fake, más notícias. Comunicação & Educação, v. 23, n. 1, p. 107-126, 2018.

GENESINI, S. A pós-verdade é uma notícia falsa. Revista USP, n. 116, p. 45-58, 2018.

GUARESCHI, P. Psicologia e Pós-Verdade: a Emergência da Subjetividade Digital. PSI UNISC, v. 2, n. 2, p. 19-34, 2018.

HAN, B.C. No enxame: Reflexões sobre o digital. Lisboa: Relógio D’Água, 2016.

LÉVY, P. Que é o Virtual? São Paulo: Editora 34, 2003.

MARCUSE, Herbert. O homem unidimensional: estudos da ideologia da sociedade industrial avançada. Edipro, 2015.

MARTINO, L. M. S. Teoria das Mídias Digitais. Petrópolis: Vozes, 2015.

MCQUAIL, D.; Teoria da comunicação de massas. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. 2003.

NICOLACI-DA-COSTA, A. M. Revoluções tecnológicas e transformações subjetivas. Psicologia: teoria e pesquisa, v. 18, n. 2, p. 193-202, 2002.

RUEDIGER, M. A. et al. Robôs, redes sociais e política no Brasil [recurso eletrônico]: estudo sobre interferências ilegítimas no debate público na web, riscos à democracia e processo eleitoral de 2018 / Coordenação Marco Aurélio Ruediger. – Rio de Janeiro: FGV, DAPP, 2017.

SEVERIANO, M. F. V. Narcisismo e publicidade: uma análise psicossocial dos ideais do consumo na contemporaneidade. São Paulo: Annablume, 2001.

______. Pseudo-individuação e homogeneização na cultura do consumo: reflexões críticas sobre as subjetividades contemporâneas. Estudos e Pesquisas em Psicologia, Rio de Janeiro, n. 2, v. 6, 2006.

ZUIN, A.; GOMES, L. R. A formação da subjetividade na Idade Mídia. Revista Eletrônica de Educação, v. 13, n. 2, p. 377-387, maio/ago. 2019.

Downloads

Publicado

2019-07-29

Edição

Seção

Artigos