O ônus e o bônus da aula de campo no Ensino de Ciências / The Pros and Cons of the Field Class in Science Teaching

Autores

  • Sonia Santos Araújo Silva Universidade Federal do Vale do São Francisco
  • Vinina Silva Ferreira Universidade Federal do Vale do São Francisco

DOI:

https://doi.org/10.14295/idonline.v13i46.1851

Palavras-chave:

Ferramenta Pedagógica, Revisão Bibliográfica, Ensino de Ciências

Resumo

O ensino de Ciências desde as séries iniciais necessita ultrapassar os muros da escola, incentivar o convívio com a natureza e com o lugar em que vive, intervir e transformar a realidade positivamente, bem como aproximar a teoria da prática, através do exercício pedagógico e metodológico que a aula de campo pode oferecer. Assim, nesse estudo nós investigamos as contribuições e entraves da aula de campo no ensino de Ciências como ferramenta pedagógica de construção do conhecimento. Optou-se por trabalhar tendo como base a revisão bibliográfica de artigos científicos, monografias e dissertações sobre a temática “aula de campo”. Nessa pesquisa, foram encontrados mais de 35 estudos sobre “aula de campo nas aulas de Ciências”, sendo excluídos aqueles que relatavam a parte prática da aula de campo, sem enfatizar a sua importância ou dificuldade pedagógica. Por fim, foram selecionados 20 referências (16 artigos,02 monografias e 02 dissertações), sendo descritos e sistematizados através de fichamentos. Os resultados apontaram que a metodologia de Aula de Campo é uma ferramenta pedagógica possível, benéfica   e ideal para o ensino de Ciências, desde as séries iniciais, haja vista que os bônus superam os ônus, e que os docentes deveriam realizar mais aula de campo, inclusive valorizando os espaços da escola e ou do bairro. Convém destacar que os maiores entraves ou ônus para não realização da aula de campo está atrelado à não formação ou falta de experiência docente. Assim, as Aulas de campo possibilitam a ampliação e construção de conhecimentos científicos, o desenvolvimento do senso crítico e reflexivo do aluno, a vivência com a realidade local, estreita os laços afetivos entre alunos e professores, bem como permite um ensino-aprendizagem mais significativo, dinâmico, problematizado, interdisciplinar e contextualizado.


Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sonia Santos Araújo Silva, Universidade Federal do Vale do São Francisco

 

Sonia Santos Araújo da Silva1

[email protected]

Pós-graduanda em Docência em biologia

                                                           Universidade Federal do Vale do São Francisco-UNIVASF

Vinina Silva Ferreira, Universidade Federal do Vale do São Francisco

 

Sonia Santos Araújo da Silva1

[email protected]

Pós-graduanda em Docência em biologia

                                                           Universidade Federal do Vale do São Francisco-UNIVASF

Referências

REFERÊNCIAS BIBIOGRAFICAS

AZEVEDO, M. C. P. S. de. Ensino por investigação: problematizando as atividades em sala de aula. In:

CARVALHO, A. M. P. de (Org.). Ensino de ciências: unindo a pesquisa e a prática. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004. p. 19-33.

BRASIL. Lei n.º 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Legislativo, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Seção 1, p. 27833. Disponível em: http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1996/lei-9394-20-dezembro-1996-362578-publicação original-1-pl.html. Acesso em: 27 jan. 2019

------------,Parâmetros Curriculares Nacionais Ensino Médio: bases legais. Brasília: MEC, 2000. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/blegais.pdf>. Acesso em: 15 jan. 2019

----------,Parâmetros Curriculares Nacionais de Ciências: bases legais. Brasília: MEC, 1998. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/blegais.pdf>. Acesso em: 15 jan. 2019.

----------, Ministério da Educação e Cultura, Secretaria do Ensino Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Ciências. Brasília: MEC/SEF, 1998.

BAZZO, W. A.; PINHEIRO; N. A. M., MATOS, E. A. S. A. Refletindo acerca da ciência, tecnologia e sociedade: enfocando o Ensino Médio. Revista Iberoamericana de Educación, n.44, 2007

CARBONELL, J. A aventura de inovar: a mudança na escola. Porto Alegre: Artmed, 2002. (Coleção Inovação Pedagógica).

CHASSOT, A. Alfabetização científica: questões e desafios para a educação. 6. ed. Ijuí: Unijuí, 2014.

CAMPOS, C. R. P. A saída a campo como estratégia de ensino de ciências: reflexões iniciais. Revista Eletrônica Sala de Aula em Foco, Vitória, v. 1, n. 2, p. 25-30, 2012.

CARVALHO, A. M. P. de. Introduzindo os alunos no universo das ciências. In: WERTHEIN, J.;

CUNHA, C. da. (Orgs.) Ensino de ciências e desenvolvimento: o que pensam os cientistas. 2.ed. Brasília:

CAVASSAN, O.; Pinheiro da Silva, P.G; Seniciato, T. O Ensino de Ciências, a biodiversidade e o cerrado. In: Araújo, E.S.N.N.; Caluzi, J.J.; Caldeira, A.M.de A. Divulgação científica e ensino de Ciências: estudos e experiências. P.190 – 219, São Paulo: Escrituras, 2006.

CAZELLI, Sibele. Ciência, cultura, museus, jovens e escolas: quais as relações? 2005. Tese (doutorado). Departamento de Educação, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de janeiro, 2005.

CORDEIRO, J. M. P.; OLIVEIRA, A. G. A aula de campo em Geografia e suas contribuições para o processo de ensino-aprendizagem na escola. Geografia, Londrina, v. 20, n. 2, p. 99-114, maio/ago. 2011.

DE FRUTOS, J. A. et al. Sendas ecológicas: un recurso didáctico para el conocimiento del entorno. Madrid: Editorial CCS, 1996.

DOURADO, L. (2001). O trabalho prático no ensino as Ciências Naturais: situação actual e implementação de propostas inovadoras para o trabalho laboratorial e o trabalho de campo. Tese de Doutoramento (não publicada), Universidade do Minho.

Dourado, L. Concepções e práticas dos professores de Ciências Naturais relativas à implementação integrada do trabalho laboratorial e do trabalho de campo. Revista Electrónica de Enseñanza de las Ciências, v.5, n.1, p. 192-212, 2006

Fracalanza, H.; Amaral, I.A.; Gouveia, M.S.F. (1986). O ensino de ciências no primeiro grau. São Paulo: Atual.

FERRÃO, Romário Gava. Metodologia Científica para iniciantes em pesquisa. 2. ed. rev. e atual. Vitória, ES: Incaper, 2005.

FERNANDES, J. A. B. Você vê essa adaptação? Aula de campo em ciências entre o retórico e o empírico. 2006. 326 f. Tese (Doutorado em Educação) - Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.

FREIRE, P. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 2005.

FREINET, C. Educação e mudança. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.

GADOTTI, Moacir e ROMÃO, José E. Autonomia da Escola. 6. ed. São Paulo: Cortez,(Guia da escola cidadã; v.1), 2004

GAYFORD, C. (1985). Biological fieldwork: a study of the attitudes of sixth-form pupils in a sample of schools in England and Wales. Journal of Biological Education, 19(3), 207-212.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas. 1999.

HODSON, D. In search of a meaningful relationship: an a exploration of some issues realing to integration in science and a science education. International Journal of Science Education, v.14, n.5, p.541-562, 1992.

KAYPER, Bárbara. Cheklist para avaliação de artigo científico. Disponível em: http://www.ufv.br/dbv/pgfvg/BVE797/checklistartigo_cientifico.htm . Acesso em: 10 fev,2019.

KRASILCHIK, M. Prática de ensino de biologia. 4. ed. São Paulo: EDUSP, 2008.

LÜCK, Heloísa. Liderança em gestão escolar. Petrópolis: Vozes, 2012.

MARANDINO, M.; SELLES, S. E.; FERREIRA, M. S. Ensino de Biologia: histórias e práticas em diferentes espaços educativos. São Paulo: Cortez, 2009.

MORAIS, M. B.; PAIVA, M. H. Ciências – ensinar e aprender. Belo Horizonte: Dimensão, 2009.

MOURA, F. M. T. de. Professores de ciências em ação: uma perspectiva de formação docente. 2005. 198 f. Dissertação (Mestrado em Educação) - Centro de Educação, Universidade Estadual do Ceará, Fortaleza, 2006.

MACHADO, Andréia de Bem. Concepções da ciência entre professores das séries iniciais do ensino fundamental em Florianópolis, SC e suas relações com o ensino fundamental. 2007. 300f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal de Santa Catarina. Disponível em < http://antiga.ppgect.ufsc.br/basedt/ufsc-ppgect-dissertacoes2007-andreia-machado-integra.pdf>. Acesso em: 25 nov.2012

MARQUES, M. O. Educação nas Ciências: interlocução e complementaridade. Ijuí: Unijuí, 2002.

OLIVEIRA, A. P. L. de; CORREIA, M. D. Aula de campo como mecanismo facilitador do ensino-aprendizagem sobre os ecossistemas Recifais em Alagoas. Alexandria: Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, Santa Catarina, v. 6, n. 2, p.163-190, jun. 2013. Disponível em: <http://alexandria.ppgect.ufsc.br/files/2013/06/Alana.pdf>. Acesso em: 02 out. 2016.

PASSINI,Elza Yasuko;PASSINI,Romão; MALYSZ, Sandra T.9org.).Prática de ensino de geografia e estágio supervisionado. São Paulo: Contexto,2007.

PRAIA, J.; CACHAPUZ, F. Un Análisis de Las Concepciones acerca de la Naturaleza del Conocimiento Cientifico de los Profesores Portugijese de la Enseñanza Secundaria. Enseñanza de las Ciencias, 1994, v. 12, n. 3, p. 350-354

PILETTI, Claudino. (Org.) Didática especial. 6.ed. São Paulo: Ática S.A, 1988.

PIFERRER, R. T. Descoberta do ambiente natural e sociocultural. In: LLEIXÀ,2004.

ROSA, R. T. D. da. Ensino de ciências e educação infantil. In: CRAIDY, C. M.; KAERCHER, G. E. P. da S. (Orgs.). Educação infantil: pra que te quero? Porto Alegre: Artmed, 2001. p. 153-164.

RCE, Alessandra; SILVA, Debora A. S. M. da; VAROTTO, Michele. Ensinando ciências na educação infantil. Campinas: Alínea, 2011. 133

SANTOS, C. S. Ensino de ciências: abordagem histórico-crítica. Campinas, SP: Autores Associados, 2005.

Scabelo da Silva, Marcelo, Pires Campos, Carlos Roberto, Atividades investigativas na formação de professores de ciências: uma aula de campo na Formação Barreiras de Marataízes, ES. Ciência & Educação (Bauru) [en linea] 2017, 23 (Julio-Septiembre) : [Fecha de consulta: 11 de abril de 2019] Disponible en:<http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=251053225015> ISSN 1516-7313

SILVA, P. S. D. S. et al. A importância da aula de campo no ensino da Geografia. In: II COINTER PDVL, 2015. Anais... 2015.

SENICIATO, T.; CAVASSAN, O. Aulas de campo em ambientes naturais e aprendizagem em ciências: um estudo com alunos do ensino fundamental. Ciência & Educação, Bauru, v.10, n.1, p. 133-147, 2004.

SENICIATO, Tatiana; CAVASSAN, Osmar. Aulas de campo em ambientes naturais e aprendizagem em Ciências – Um estudo com alunos do Ensino Fundamental. Revista Ciência e Educação, v.10, n.1, p. 133-147, 2004.

TREVISAN, I. Aula de campo na formação inicial de professores de ciências: articulações e possibilidades. Curitiba: CRV, 2016. VIVEIRO, A. A. & DINIZ, R. E. da S. Atividades de campo no ensino das ciências e na educação ambiental: refletindo sobre as potencialidades desta estratégia na prática escolar.

UNESCO, Instituto Sangari, 2009. p. 71-78. Acesso em 10 de set., 2016. http://unesdoc.unesco.org/images/0018/001859/185928por.pdf

VIVEIRO, A.A. Atividades de campo no ensino das Ciências: investigando um grupo de professores. Bauru: UNESP, Dissertação de Mestrado, 2009.

------------, A. A.; DINIZ, R. E. S. Atividades de campo no ensino das ciências e na educação ambiental. Ciência em Tela, Rio de Janeiro, v. 2, n. 1, p. 1-12, 2009.

------------, A.A.; DINIZ, R.E.S. Atividades de campo no ensino das ciências e na educação ambiental: refletindo sobre as potencialidades desta estratégia na prática escolar. Ciência em Tela, v.2, n.1, p.163-190, 2009

Downloads

Publicado

2019-07-29

Edição

Seção

Artigo de Revisão