Prevalência da Adesão Terapêutica em Pacientes Hipertensos sob Tratamento Medicamentoso em um Município do Sudoeste Baiano

Autores

  • Eudes Lima da Silva Faculdade Independente do Nordeste-FAINOR
  • Nadielle Silva Bidu Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz, Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)
  • Rafael Luiz de Araújo Rodrigues Centro Educacional do Sudoeste da Bahia, Brasil
  • Rodrigo Santos Damascena Universidade Estadual de Feira de Santana

DOI:

https://doi.org/10.14295/idonline.v12i42.1484

Palavras-chave:

Hipertensão arterial sistêmica, Tratamento, Adesão medicamentosa, Pacientes hipertensos

Resumo

A hipertensão arterial é umas das doenças crônicas mais frequentes da atualidade e um importante fator de risco para o desencadeamento de patologias e complicações mais graves como infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral. Para evitar esses agravos, a adesão ao tratamento medicamentoso e não medicamentoso é imprescindível. Assim, este estudo buscou identificar a adesão terapêutica medicamentosa em pacientes hipertensos na Unidade Básica de Saúde, bem como os fatores diretamente relacionados ao paciente que influencia a sua não adesão. Foi realizada uma pesquisa de caráter transversal com aplicação de questionário em 150 pacientes hipertensos usuário de Unidade de Saúde da Família. A maioria dos participantes era do sexo feminino (40,7%), pardos (50,6%), com ensino fundamental incompleto (48,0%) e recebiam até um salário mínimo (48,0%). 76,7% afirmaram não ter dificuldade de acesso à unidade de saúde e 59,3% que há dificuldade de acesso ao medicamento. Dos pacientes estudados, 72,7% assumem fazer uso de outros medicamentos sem conhecimento médico e 70,0% não receberam nenhuma recomendação especial sobre o tratamento de hipertensão. Observou-se que há uma baixa adesão ao tratamento medicamentoso tanto por conta da dificuldade de acesso ao tratamento quanto pela falta de entendimento sobre a própria saúde e patologia.

 

 

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Biografia do Autor

Eudes Lima da Silva, Faculdade Independente do Nordeste-FAINOR

1Faculdade Independente do Nordeste-FAINOR, Vitória da Conquista, Bahia, Brasil. [email protected]

Nadielle Silva Bidu, Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz, Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)

2 Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz, Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Salvador, Bahia, Brasil.

Rafael Luiz de Araújo Rodrigues, Centro Educacional do Sudoeste da Bahia, Brasil

3 Especialização em Pericias Criminais pelo Centro Educacional do Sudoeste da Bahia, Brasil. Coordenador da Assistência Farmacêutica do Secretaria Municipal de Saúde , Brasil


 


Rodrigo Santos Damascena, Universidade Estadual de Feira de Santana

Mestre em saúde pública pela Fiocruz. Especialista em Microbiologia Clínica. Especialista em saúde pública com ênfase em PSF. Especialista em gestão da assistência farmacêutica. Especialista em farmácia clínica e hospitalar. Graduação em ciências farmacêuticas pela Universidade Estadual de Feira de Santana.

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Publicado

2018-11-17

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Artigos