CÂNCER DO COLO DO ÚTERO: ANÁLISE DOS CONTRASTES REGIONAIS NA MORTALIDADE

Autores

  • Jefferson Marlon de Medeiros Pereira Maciel Universidade Federal de Campina Grande, campus Cajazeiras/PB
  • Raquel Carlos de Brito Universidade Federal de Campina Grande, campus Cajazeiras/PB;
  • Leandro Januário de L Lima Universidade Federal de Campina Grande, campus Cajazeiras/PB;
  • Ana Beatriz de Melo Alves Faculdade Estácio de Medicina de Juazeiro do Norte
  • Andreza Guedes Barbosa Ramos Universidade Federal de Campina Grande, campus Cajazeiras/PB

DOI:

https://doi.org/10.14295/idonline.v12i40.1076

Palavras-chave:

Neoplasia do Colo do Útero, Brasil, Mortalidade

Resumo

Introdução: O Câncer do Colo do Útero (CCU) é uma causa de morte evitável quando diagnosticado e tratado precocemente1, mas apesar disso, no cenário mundial, o CCU representa, entre as mulheres, a segunda neoplasia com maior incidência e uma das causas de óbito mais frequentes em países de baixa renda.A compreensão dos determinantes sociais, individuais e regionais é de suma importância para identificação de grupos populacionais de maior risco e elaboração de estratégias que tornem equânime o acesso à saúde.Objetivos: Relacionar os diferentes índices de mortalidade por CCU com as particularidades de cada região brasileira. Método: Trata-se de uma revisão sistemática sem metanálise seguindo a estrutura descrita por Egger e Smith. Realizou-se uma busca nas bases de dados SciELO, LILACS, MEDLINE, com os descritores “Neoplasias do Colo do Útero”, “Brasil” e “Mortalidade”. Os critérios de inclusão estabelecidos foram estudos primários e secundários, desenvolvidos no Brasil, publicados a partir de 2000, e em idioma português. Resultados: A amostra foi composta por 08 estudos primários, sendo 04 publicados na Revista de Saúde Pública e todos utilizando dados dos Sistemas de Informação em Saúde. As análises de tendência temporal da mortalidade indicam a existência de movimentos diferenciados do CCU no país, reflexo indireto da incidência e direto dos indicadores socioeconômicos das mulheres, do acesso aos serviços de saúde, da qualidade da assistência prestada e da veracidade dos registros. É nítida a queda dos óbitos em mulheres residentes das regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, enquanto nas regiões Norte e Nordeste, com exceção das capitais, há elevação. Mulher com baixa renda per capita, baixa escolaridade, sem plano de saúde privado, residente em zona rural ou distante do centro urbano, constitui o grupo com menor chance de realizar o rastreio do CCU, não detectando-o precocemente e dificultando o prognóstico.Conclusão: As metas de diagnóstico precoce e queda na taxa de mortalidade não alcançadas se refletem em necessidades médicas não atendidas perante os estágios de desenvolvimento do país e de suas particularidades territoriais, socioculturais e econômicas. Portanto, enfatiza-se a necessidade de maiores intervenções que deem atenção especial aos grupos sob maior risco, e para que elas sejam efetivas devem incluir medidas que promovam maior equidade no acesso, com garantia de tratamento adequado e seguimento.

 

 

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Publicado

2018-03-10